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domingo, 22 de agosto de 2021

Poesias com a temática olímpica - parte I

Pessoal, bem vindos novamente ao meu espaço literário pessoal para a volta do carro-chefe desse blog que são as poesias que desenvolvi ao longo desses oito anos, passando por meio dos versos a evolução do meu repertório pessoal, aliado às experiências e sentimentos ao longo desse período.

Dessa vez, a temática olímpica é o objeto desse post que será dividido em duas partes com três poesias cada. O objetivo, além da exposição da poesia em si é a de contextualizar brevemente o período no qual os versos foram escritos, com qual objetivo e o sentimento vivido naquele momento.

Nesse espaço do blog darei espaço somente à poesias que fazem referências aos atletas e esportes de verão, com foco para a própria olimpíada em si (e eventos preparatórios), para ser mais preciso a Rio 2016. 

Também destaco que nas próximas semanas pretendo trazer para este blog as "Prosas com a temática olímpica" e assim comentar crônicas, textos e romances que se originaram de acontecimentos e de personagens oriundos das Olímpiadas.

Para essa parte I teremos as seguintes poesias (escolhidas por ordem cronológica): A feminilidade do leste europeu, Poesia para Alana Goldie e Rosamaria da leira celestial, todas estas escritas em 2015.

Assim sendo, é hora de matarmos um pouco da saudade do espírito olímpico nas poesias a seguir e nos demais posts que virão!

Boa leitura à todos!


  • Poema para Alana Goldie
Nesse primeiro poema da série esportiva, assim como no segundo tópico desse post, tratam-se de versos escritos durante o evento esportivo Pan-americano de Toronto 2015 que ocorreu de 10 a 26 julho daquele ano e que casou muito bem com o período de férias que tive no meu primeiro ano de faculdade. Sendo assim, considero esses jogos pan-americanos como aquele que dei a maior atenção até os dias atuais (tenho poucas memórias quanto à Rio 2007), não só pelo período do evento ter sido muito propício à acompanhá-lo com maior proximidade, mas também pela sede em si dos jogos que aconteceram no Canadá, país esse que desde a infância tenho carinho muito especial.

Em relação à Alana Goldie estamos falando de uma atleta que competiu em casa pela esgrima e mais especificamente pelo florete feminino, ficando com o bronze daquela competição junto com Nicole Ross dos EUA, além de ter conquistado o ouro na competição por equipes. Alana já havia sido prata no pan de 2011 em Guadalajara e participou até mesmo dos jogos olímpicos de Tóquio 2020, em que ficou junto com a equipe canadense na quinta posição do evento por equipes. Abaixo vocês conferem a poesia que escreve em homenagem à essa esgrimista canadense.


Uma dama canadense está a encantar
Na foto sua infinita beleza e simpatia

Sorriso e elegância vêm pra inspirar

Um brilho dourado noite e dia


O vestido branco é o seu jeito angelical

Conquista-me sua pura feminilidade

Em seus traços a delicadeza real

Nos sapatos é mulher com sua sensualidade


Na rotina uma esgrimista talentosa

Que o Canadá está a defender

A espada se confunde com a dama formosa

Assim, campeonatos Alana irá vencer


Nas competições estou por ela a torcer

Nos momentos de gala está a me conquistar

Um estilo e jeito a me embevecer

E sua rara beleza sempre irei admirar



Fonte: Team Canada

  • Rosamaria da leira celestial
Para falar dessa atleta do vôlei brasileiro que talvez tenha sido a protagonista da campanha de prata em Tóquio 2020, precisaremos voltar também aos jogos pan-americanos de 2015. Infelizmente naquela ocasião o Brasil havia sido novamente prata numa final contra os Estados Unidos, mas em um contexto completamente diferente do atual. A seleção brasileira não levou para a competição algumas das suas principais atletas, priorizando outros eventos do calendário do vôlei em detrimento do pan. O resultado foi uma campanha mais discreta, por exemplo, com duas vitórias sofridas contra as atletas de Porto Rico por 3 sets a 2.

Apesar da campanha de prata que à época carregava uma grande expectativa em relação à um possível ouro, ao contrário de Tóquio 2020 em que no feminino o Brasil não era o grande favorito ao primeiro lugar da competição, o pan de 2015 foi uma oportunidade importante para o surgimento de jovens jogadoras que passariam a ser convocadas com cada vez mais frequência pelo técnico José Roberto Guimarães, como exemplo da própria Rosamaria, Macris, dentre outras.

Tendo revelado o contexto histórico e esportivo da época e lembrando que aquele pan foi a primeira oportunidade de assistir o desempenho de Rosamaria nas quadras, que a partir dali despontou para o cenário internacional do voleibol.  

Em um olhar catarinense

Com o belo semblante europeu

Seu sorriso convence

A alegria atinge o apogeu


Marcas da senhorita Montibeller

Nas quadras uma dama e sua finesse

Digna da culta Montpellier

Uma jovem e o charme que não fenece


Seu semblante traz tal harmonia

Que por ela a seleção se guiará

E o grande objetivo alcançaria

A glória olímpica se consolidará


Sua beleza mediterrânea

Que recende o perfume do palor

A flor e sua emoção espontânea

Rosa delicada e cheia de amor


Fonte: Site Puro Esporte


  • A feminilidade do leste europeu
A primeira poesia desse post remonta ao mês de setembro de 2015. Naquele momento eu passava alguns dias na casa da minha saudosa avó e lembro-me bem até hoje de numa despretensiosa troca de canal na TV que ela possuía no quarto dela me deparei com uma Copa do Mundo de Ginástica Rítmica em Stuttgart. Lembro também que meses antes tivemos o Pan-americano de Toronto, como contei brevemente nas duas poesias anteriores e creio que naquele momento eu tenha dado muito mais atenção para a Ginástica Artística (mais famosa no Brasil) do que a Rítmica em si.

Essa ordem, no entanto, fora invertida após o Mundial de Stuttgart, onde percebi pela primeira vez que a RG (Rhythmic Gymnastics) era dominada quase que completamente pelos países do leste europeu e assim lideradas pela Rússia que tinha a hegemonia do esporte há muitos anos.

Essa foi a faísca do insight necessária para que não só eu passasse a acompanhar o esporte mais de perto até a Rio 2016, como também que eu pudesse a partir da história individual de cada atleta, construir verdadeiros enredos, especialmente no estilo das crônicas e cuja inspiração também deixou de legado a poesia escrita abaixo, no desenrolar daquele Mundial de RG.

 

 No auge da grata jovialidade

Que a mãe-Rússia forneceu

Às filhas regadas pela feminilidade

E pelo talento que me embeveceu

 

Da Rússia vêm a perfeição

A arte da ginástica e a exuberância

Kudryavtseva com a sequidão

Nela vejo a vitória como ânsia

 

Fascina o intenso olhar da ucraniana

Rizatdinova e sua notável grandeza

Postura de uma “nobre palaciana”

Na elevada rigidez de sua beleza

 

A lua é iluminada no Azerbaijão

Pela musa Marishka a estrelar

Sua simpatia nessa notável nação

Nos emocionará por onde passar

 

Essas donzelas estão a me encantar

Os nobres movimentos passam a leveza

Na arte da ginástica a nos apaixonar

Com tamanha harmonia de princesa

 

Sua beleza mediterrânea

Que recende o perfume do palor

A flor e sua emoção espontânea

Rosa delicada e cheia de amor



Fonte: Site Surto Olímpico

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