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sábado, 25 de julho de 2020

Если ты рядом (2019)


No meio do nosso encontro não lembro como consegui um gancho para mostrar a czarina o clipe de Если ты рядом e toda aquela paisagem nos era tão familiar. Perguntei à musa se o coração dela também se aquecia e apertava naquele momento com tamanha nostalgia da sagrada terra russa. Com tanta saudade das nossas caminhadas pela neve de São Petersburgo, abraçados um ao outro, quando o frio não era um problema. A sua touca de lã e o seu toque tão europeu de elegância. Parecia um lindo filme romântico fora do mainstream. Lembra quando cantávamos juntos essa música na margem do Neva? Quando estávamos para observar o curso do rio em Fontanka? Ou quando eu contava pra ela o quão especial era a travessia na ponte para o Palácio de Inverno? Cantávamos tão despretensiosamente naquela margem do canal, porque era a Veneza que precisávamos. O fone se dividia enquanto nossas almas se uniam. Não ignoro o seu sangue nem suas origens, mas nossas almas se instalavam ali, com nossos sentimentos elevados. Tudo naquela cidade tinha um toque tão forte de Romantismo e harmonia. Tudo combinava tão bem com o nosso humor e nosso envolvimento. Era um Éden que merecíamos ficar ad eternum

Após o final do clipe nosso olhar deixou cair uma lágrima isolada, enquanto não se poderia impedir o aperto do nosso coração. Impressionante como uma música nos leva para uma atmosfera tão familiar de um passado que vivemos juntos. Afinal, se para Bocage “morte de amor é melhor do que a vida”, então sei que os lindos momentos juntos e idealizados dos quais nunca vivemos são mais belos e suaves do que a cinzenta realidade que me cerca.



Emin & A'studio - Если ты рядом


No caminho da idealização já são perguntas demais (2019)


Uma aula sobre pós graduação e o que isso significa dentro da minha trajetória e da musa? Uma bolsa de pesquisador para ela seria mesmo lindo, com apenas alguns meses fora do Brasil e não seis anos de um longo fardo que pode nos impedir de sermos felizes do campo da concretização plena de sentimentos. Não estaremos juntos na Rússia ou na Argentina, então como faremos? O que é o atraso na vida? É renegar um idílio em nome de um progresso profissional? Um proto-positivismo? Ou reescrever o seu futuro e viver em harmonia com seus próprios sentimentos? Será mesmo possível concretizar realização amorosa e profissional? Mas haverá de decidir o seu caminho sabendo de suas consequências. 

Sinto que as profecias de Moscou já são utopias demais e não mereço ser um poeta triste a la português em uma terceira Alcácer-Quibir por seis anos ou mais. O povo não quer mais ler versos de idealização e sofrimento amoroso. Seria este um fardo ou uma oportunidade para escrever? Aqueles versos em uma mistura de platonismo, Classicismo, Arcadismo, Neoplatonismo que no final sempre desembocam no mesmo enredo. Nomes diferentes, histórias e trajetórias também, mas a novela "cavalheiresca" tem sempre o mesmo destino. 

Assim o destino decidiu? Álvares quer assim e já escreveu as páginas da minha vida? A minha alma está na posse dele ou de Moscou? Idealização e coita serão sempre os ingredientes desses versos? Não pode essa arte sobreviver em outro ambiente? O destino quer mesmo me prender atemporalmente nessa bolha artística? Qual é significado de concretização para Ele? Simplesmente que o eu lírico adquira liberdade e autonomia? Mas e se eu fizer como os trovadores portugueses em suas cantigas de amigo? Então onde estará o eu lírico? Dando as cartas da construção de um ideal amoroso e de cenários conjuntos, enquanto filosofa sobre qual é o seu destino e se o mesmo está traçado. 

Talvez não pouse sob ela essa redoma do destino e nenhum fardo das escolhas do passado tenha que acompanhá-la, afinal ela como uma nobre suserana não precisa se preocupar com questões do plano vassalar. Daqueles que escrevem tão fixos no seu destino quanto na sua posição social. Não se trata de algo pró-forma, não estou fazendo o que meu coração não se aquece a se inspirar, é apenas que toda essa atmosfera está fora de controle como sabemos. Аминь



Batalha de Alcácer-Quibir












Fonte: RTP Ensina

O mundo de Maruv (2019)


Que ironia! Ouvir Maruv e lembrar tão fortemente de Moscou como se o grupo fosse de lá. O pulsar das noites moscovitas vistas da janela de um táxi na trilha do rádio ou presencialmente na soundtrack da balada. Parece que a trilha suits muito bem no espírito das festas e diversão daquela cidade tão dinâmica. Por quase um ano era Drunk Groove e essas memórias tão nostálgicas dos raros momentos que eu me sentia em casa sem estar nela. Que eu me sentia num ambiente natural que eu nunca havia frequentado. Confiante em lugares novos. Nada daquilo era a minha natureza. Quando aquele clipe tocava na TV e eu o assistia, aquela seria a minha natureza discreta e introvertida em outro lugar fora daquela terra-mãe, mas ali tal cena era apenas o complemento das minhas recordações como um todo e a menos marcante delas. 

Dez, onze meses depois... uma czarina, um Eurovision no meio da história. Um boicote ucraniano... se o fato de a banda estar no concurso em si já havia me despertado o interesse em assistir sua performance, a proibição de que elas participassem era o sinal que eu precisava para que a discografia do grupo emergisse sobre o meu gosto e construísse mais peças de imaginação. Elas assumiram o compromisso de escolha para tocarem na Rússia, assim como marcaram a minha viagem, e por isso contemplo o trabalho delas e não somente por aquele chavão de que "o que é proibido é curioso". 

A banda que rompe limites inside and outside of me. Que traz um estilo dentro de um nicho abraçado pelos russos e ao mesmo tempo atua na quebra da pureza da idealização. E que isso seja feito então que logo, pois a elevação da musa não tarda a esperar e não queremos a Queda d'um anjo como fora com o fidalgo Elói. Não divago aqui para a alma daquele personagem e nosso paralelo com a nostalgia de um passado glorioso que a Rússia também teve, apenas lanço a metáfora de que não haverá anjo caído e sei que se esse não é o hábito literário como há alguns anos e que agora o céu se põe tão estrelado pela presença da czarina, de algo que me remetia há cinco anos atrás. Separo os períodos como hei de fazê-lo me limitando a exaltar apenas a intensidade nos dois casos. Mas me abstenho de mais digressões que aos olhos de Garrett ou Gógol podem ser um estilo literário, mas que a mim não encontra nenhum eco. Não vou me tornar o que mais temia, por favor…

Em “Drive me crazy” o seu sussurro era a fala sincera e perdida de nossas almas jogadas na noite voltando de festas, com o carro passando pela ponte com o horizonte do Kremlin cercado pelo rio Moscou. Naquela noite tínhamos nos entregado como nunca antes, as baladas que antes nos pareciam hostis agora eram onde a química crescia cada vez mais na troca de olhares, com “Black water” confesso que nos soltamos, o som do Papa's Bar nos ensurdecia e a única linguagem possível era a do beijo e flertes regados de sedução. 

O seu uivar em “For you” quando estávamos no auge da noite, perto do hotel era como a melodia de um desejo, enquanto a lua cheia iluminava nosso idílio. Em “Focus on me” e naquele gigante subterrâneo tão clássico, artístico e misterioso que é a transição para o nosso fim de noite. Em “Crooked” o seu natural e harmonioso tocar de violão era a elevação da alma e plenitude de espírito naquilo que era a sua natureza artística. “Lalala” depois e estávamos apenas na sala vendo um filme num domingo à tarde, mas a sua performance não tinha hora e cenário único, com a minha atenção sendo facilmente cativada com as suas doces palavras ao ouvido e uma dança tão bela quanto sensual, como quem sabia o que dizer para me envolver. Suas palavras, "don't be so shy" era o código para que eu me entregasse por completo e assim intrinsecamente pedia sem palavras para deixarmos Hollywood e fazermos a cena de amor da vida real imbuída do sentimentalismo russo e da intensidade brasileira. 

Mas em “ETL” estávamos novamente em Moscou, nas batidas iniciais ela me puxava confiante pelas mãos e assim entrávamos num cenário de luzes LED de tons azul e violeta, ofuscantes como em не молчи. E a música vai se suavizando, e a musa na cama de hotel a sensualizar pintada de paixão desde os lábios fortemente vermelhos até a delicada lingerie de seda como a sua pele e o peep toe que ela arrastava no lençol enquanto atraía meu olhar. Era o clímax daquilo que tinha começado como um mero encontro naquele hotel de Hong Kong, em que eu havia encontrado-a olhando para aquela imensa e imponente parede de vidro do seu quarto. Mas o que tanto ela olhava para aqueles letreiros tão ricos de néon quanto de complexidade no alfabeto? Era apenas uma voz tão feminina a cantar e me arrepiar ao descobrir que eu havia encontrado-a. 

Aquele nobre vestido dourado que adornava suas curvas de leveza seria logo lembrança de uma cena tão misteriosa numa cidade também nessa condição. Mas agora o seu balançar de cabeça, o seu entrelaçar no lençol prateado, tudo isso era sua trama tão sofisticada para ter o que tanto desejava consigo, traçando linhas que se encontrariam por dentre os lençóis. Agora toda cena de filme, de clipe ou balada era apenas acessória, tudo ficaria para trás em nome da "concretizada idealização" que não dava espaços para essas imaginações laterais. 

Nessa realidade em sua esfera paralela nossas carícias, sussurros e palavras de amor são como peças da sedução. A palavra “Lonely” havia ficado para trás no meu abrir de porta do seu quarto de hotel e assim ficaria no passado. Mas se ela nessa musicalidade canta "I'm lonely lost in this town, I need you right now", então tudo isso afinal se consolida em cenários de idealização e ela apenas clama minha ajuda à distância. Afinal a alma sozinha não pode ajudar e a mente trabalha pra receber de fato a sua musa, enquanto ela com suas mensagens e atitudes me colocam apenas um norte "You'd better focus on me".


Maruv - Drunk Groove


Maruv - Siren Song



Maruv - Drive Me Crazy


Maruv - For You


Maruv - ETL

Maruv - Lonely



segunda-feira, 13 de julho de 2020

E o destino? (2019)


E o destino? Resisto as invectivas que se enrolam ao entorno como serpentes. Tento seguir o meu caminho inteiramente. E o destino? Não me perdoa e continua a jogar invectivas e culpas que não são minhas. Quero e prezo pela felicidade dela. E o destino? Faz jogos com nossos corações para quebrar o futuro ideal. Sei o quão valiosa essa relação é e com qual esforço foi construída. E o destino? Que só está preocupado em jogar, principalmente quando nos recusamos a ser suas inocentes peças. Não tenho aquele questionamento rebelde, mas sei que nosso futuro está predestinado e este não aceita desvios ou distrações. O foco está em lutar pelo coração da czarina. E o destino? Que deseja me amarrar a vida toda à idealização e versos desconhecidos. Que ela afinal seja feliz porque o destino dela também está traçado.

O presente dela é o meu futuro e assim nos mantemos conectados. Somos mais fortes do que as rasteiras que recebemos dessas entidades. Nossa alma livre não está a venda. E o destino? Que nos joga um contra o outro e faz da insegurança seu principal instrumento. Com tantos quilômetros de distância geográfica entre nós, lutar contra ciúmes e sentimentos similares? Esta luta não é minha e o sofrimento está na cultura que tanto amamos. É o nosso querido fardo que carregamos, pois assim nos foi escolhido. Afinal a Rússia nos escolheu e não o inverso.

As redes nos conectam e estas sim nos fazem tão próximos e interligados com cada vez mais afinidades e química. Essa reciprocidade é a que ditará nossa relação quando a czarina estiver de volta ao seu país. Quando tempo isso vai durar? E o destino? Conseguirá lutar com a natureza dela de uma mulher do mundo e não de um país? Que Ele jogue as tormentas e "coincidências" que quiser. Sei bem qual é a minha determinação e pelo o que, e por quem devo lutar. Quais os corações que estão ligados entre si, pelo sofrimento amoroso russo e pelo sentimentalismo brasileiro. Nós sabemos quão almejada é essa união de intenções e o que já está determinado irá acontecer. Assim sendo, construirei o dia para viver o futuro.

Darei sobrevida às frases e versos literários para que eles vivam a tão merecida belle époque, depois de tão flagelados pelo sofrimento amoroso. E ela que mesmo como czarina não está acima das ilusões da vida e que verá no meu implorar as marcas do passado e da tão sequiosa e recíproca concretização. Pelo direito à ser feliz! Vida longa à czarina!



Jean Beraud - Belle Epoque in Paris
















            Fonte: Unique-canvas 

Cordeiro do Império (2019)


A partir do próximo post, este blog abrirá espaço aos textos, assim como mencionado na postagem "Ode ao fico", que modificaram a forma de expressar meus sentimentos e anseios mais pessoais e deixaram a poesia de versos e rimas tradicionais temporariamente paralisadas, a fim de que fosse encontrado um ou mais estilos textuais que se encaixassem com maior harmonia à rotina do ano passado e que mesmo atualmente, ainda se faz muito importante, não somente pela sua dinâmica própria, na qual me sinto adaptado e confortável, como também na liberdade que esses estilos empregam às ideias perpassadas em cada linha dessas formas textuais, no que eu particularmente nomearia como "mini contos, reflexões e demais textos" que elaborei e ainda o faço nos tempos atuais.

A seguir, o primeiro dos textos que selecionei à este espaço literário e que é intitulado "Cordeiro do Império":

Mais uma aula de literatura russa e os personagens se revelam e fazem paralelo com a ficção. Aparece a primeira moça ao meu lado, aquela do antigo fitar na porta. A segunda com a elegância num blazer e feminilidade em seu lápis preto nos olhos. A terceira cerca o Kremlin de tormenta disfarçada por um novo e forte fitar e seu skyhair. Quando o fardo presencial misturado à imersão pelo conteúdo acaba, Ele sempre coloca mais peças. Na saída, vêm de uma moça com a sofisticação do salto alto e também a elegância de um blazer. As ferramentas sempre são infinitas quando se trata de se levar o poeta a quebrar seu destino pré-definido e tão almejado em nome de um caminho tortuoso e incerto. Afinal é isso que esse ente apresenta com essa bifurcação do futuro. Se o caminho errado é escolhido, o que era oásis ao primeiro olhar irá se transformar em penhasco.

Mas a certeza do meu caminho se fortalece, pois é do futuro almejado que se aguarda as glórias e não de uma deliciosa maçã de perigo invisível. Sou Lermontov e Álvares sim, mas na poesia. Sigo convicções sim, afinal delas é que se alimenta o homem com sua personalidade. Um homem somente questionador é alguém sem personalidade definida e que colocou a sua alma no mercado. Se a minha segue fielmente ao nosso Senhor é porque não quero um exílio no inferno ou no Cáucaso. Deixo a minha rebeldia para meus tempos de adolescência ou para os ultraromânticos que a carregavam como sombra.

O que é a troca de olhares, a elegância, a feminilidade ou a sofisticação, a sedução, o que é tudo isso sem a verdadeira czarina? Se sou cordeiro desse império é porque minha alma não está a venda e meu espírito apenas admira as glórias e conquistas que a história trouxe e coroou na monarca ítalo-brasileira. Ela sim, herdou a cor e a alma dos tempos de glória. Cordeiro sim, mas lobo traidor nunca! A essência do ser humano é o seu melhor cartão de visita e assim procuro me manter!

Dessa forma, minhas poesias e obras ainda respiram, longes e nostálgicas dos "tempos dourados", mas acreditando que a czarina fará a guinada dessa literatura em potencial. Se a sua volta é quase tão esperada quanto o Sebastianismo, este iria levar Portugal aos bons tempos de pujança e grandiosidade. Assim confio que a dama me conduzirá sabiamente, pois está predestinada para tal. O que são esses acontecimentos montados pelo destino se não peças que reluzem, mas são falso ouro. A verdadeira troca de olhares será com ela, no encontro das almas, a verdadeira elegância se fará presente em sua nobreza e a sofisticação no andar de autoridade.

Idealizações, poemas, contos, crônicas, fantasias, fetiches, imaginações e textos como esse são o trailer do filme que virá, cuja estreia é tão aguardada por seus espectadores que são ao mesmo tempo os atores da trama. Seja na classe e glamour de nossa dança ao ar diplomático com Bublé, nos duetos em russo no palco da Universidade moscovita onde estuda, nas baladas e no erotismo de Maruv, na beleza da arte de Jorge Vercillo, na 'europeidade' e charme em Caro Emerald. Todos esses cenários e muitos outros são a representação do que almejamos no futuro, como seres humanos essencialmente sonhadores.

Mas a vida pede mais de mim, mais de nós, muito mais do que o destino pode oferecer com suas armadilhas e diversões finitas. Nada disso é capaz de competir com uma infinitude de sentimentos quando a pessoa certa nutre suas esperanças com cada vez mais confiança. Quando a chama ainda mantém viva os sonhos mais intensos e os versos mais sinceros. Nenhuma banalidade da rotina do dia-a-dia poderá competir com o que virá. Ela continuará a seguir seu caminho moscovita do descobrimento, ao mesmo tempo com a essência de lugar.

Eu, não me ponho pretensioso a dizer que sou para ela um D. Diniz, talvez esteja mais para o lado de um trovador provençal ou galego-português que corteja a sua dama por meio dos versos, moldando-a com pitadas de idealização, mas mantendo no frasco o azedume do mal do século. Honrar a donzela e abrir todos os dias um compromisso com a felicidade e de um futuro de harmonia. Se ao guiá-la em caminhos eslavos, os passos não a negam felicidade, com a sua aguardada chegada imperial estou certo da recíproca.

Novamente reafirmo, não sou um desafeto do destino e todas essas entidades estão acima da complexidade dos humanos, por outro lado, não quero escorregar nos seus jogos e sim prosseguir na filosofia do destino manifesto e das conquistas que estarão ao nosso alcance, para que czarina e poeta os atinjam para crescerem juntos. Se isso é saber amar para Guilherme Arantes, estou disposto a fazer a própria sorte e mérito sem a tutela de outras entidades. Não questiono a predestinação, não sou rebelde, não quero derrubar o império, não vou apostar para contrariar, não vou medir forças. Seguirei sim minhas convicções e Lermontov haverá de reconhecer a sinceridade e dedicação nesses versos românticos. Não sou o "herói do meu mundo" e nem me sujeito a esta carapuça sarcástica. Caso escrito nos tempos atuais sim, os leitores não se identificariam em vez de fingirem tal estranhamento. Mas tal descolamento é assunto para outra digressão…



Mikhail Lermontov - O herói do nosso tempo




















Fonte: Monte de Leituras