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segunda-feira, 13 de julho de 2020

E o destino? (2019)


E o destino? Resisto as invectivas que se enrolam ao entorno como serpentes. Tento seguir o meu caminho inteiramente. E o destino? Não me perdoa e continua a jogar invectivas e culpas que não são minhas. Quero e prezo pela felicidade dela. E o destino? Faz jogos com nossos corações para quebrar o futuro ideal. Sei o quão valiosa essa relação é e com qual esforço foi construída. E o destino? Que só está preocupado em jogar, principalmente quando nos recusamos a ser suas inocentes peças. Não tenho aquele questionamento rebelde, mas sei que nosso futuro está predestinado e este não aceita desvios ou distrações. O foco está em lutar pelo coração da czarina. E o destino? Que deseja me amarrar a vida toda à idealização e versos desconhecidos. Que ela afinal seja feliz porque o destino dela também está traçado.

O presente dela é o meu futuro e assim nos mantemos conectados. Somos mais fortes do que as rasteiras que recebemos dessas entidades. Nossa alma livre não está a venda. E o destino? Que nos joga um contra o outro e faz da insegurança seu principal instrumento. Com tantos quilômetros de distância geográfica entre nós, lutar contra ciúmes e sentimentos similares? Esta luta não é minha e o sofrimento está na cultura que tanto amamos. É o nosso querido fardo que carregamos, pois assim nos foi escolhido. Afinal a Rússia nos escolheu e não o inverso.

As redes nos conectam e estas sim nos fazem tão próximos e interligados com cada vez mais afinidades e química. Essa reciprocidade é a que ditará nossa relação quando a czarina estiver de volta ao seu país. Quando tempo isso vai durar? E o destino? Conseguirá lutar com a natureza dela de uma mulher do mundo e não de um país? Que Ele jogue as tormentas e "coincidências" que quiser. Sei bem qual é a minha determinação e pelo o que, e por quem devo lutar. Quais os corações que estão ligados entre si, pelo sofrimento amoroso russo e pelo sentimentalismo brasileiro. Nós sabemos quão almejada é essa união de intenções e o que já está determinado irá acontecer. Assim sendo, construirei o dia para viver o futuro.

Darei sobrevida às frases e versos literários para que eles vivam a tão merecida belle époque, depois de tão flagelados pelo sofrimento amoroso. E ela que mesmo como czarina não está acima das ilusões da vida e que verá no meu implorar as marcas do passado e da tão sequiosa e recíproca concretização. Pelo direito à ser feliz! Vida longa à czarina!



Jean Beraud - Belle Epoque in Paris
















            Fonte: Unique-canvas 

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