Eu nem sonhava te reencontrar
Tão imprevisível desse jeito
É o destino que gosta de atirar
A flecha e o ardor no meu peito
Era aquela bailarina russa
Estrela no teatro da vida
Por isso a fremência pulsa
Pela dama tão querida
De personagem para a vida real
Na França, a banhista já avisava
Haveria um dia o reencontro ideal
Que eu nem mais acreditava
A magia tratou de começar
Estávamos no mesmo vagão
Sem saber o que pensar
Ambos confusos na ocasião
Mas tinha espinhos o nosso fitar
Por um passado mal resolvido
Nele veio o sincero prantear
A tristeza havia lhe consumido
Da esmeralda gotejavam
O sofrimento pela lembrança
Seus anjos a imaculavam
Do ocorrido quando era criança
Era tamanha a pureza de seu coração
Que não conseguia disfarçar
O lamento de uma desilusão
De nossa amizade a acabar
Novamente havia chegado a despedida
Saiu e não olhou o desiludido
Aquele em que abriu uma ferida
Que sua presença havia o abatido
Em casa seu pranto era o meu
Desespero por deixa-la partir
O aperto no coração ensandeceu
Sua imagem não iria mais sumir
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