Vejo minha bela dama almoçando
Com a vestimenta que mostra escuridão
Homenageia o locus horredus
Com sua límpida e sequiosa sequidão
Sua intuição esconde-se na nébula
Do cinzento céu misterioso
Não a usa por ideias malfazejas
De que não sinto o idílio amoroso
Sapiente menina guiada pela vida
Inabalada pelo monótono momento
Enquanto o poeta convive em silêncio
No seu ultrarromântico sofrimento
Sigo esse caminho instável e tortuoso
Será que faço o certo por esse amor?
Estaria ela esquecendo minha paixão
Tácita e cândida ao admirar a flor
Nostalgia da chama que me mantinha fremente!
E a linda menina deveras encabulada
Mas pensei no seu constrangimento
Nos lugares “deixou” de ser observada
O que é esse corroído amor para ela?
De costas para o poeta e a paixão
Sem comiserar do devastado coração
Mantém sua posse sobre minha razão
Se dedico um gol para a czarina
Não apago essa longa incúria
Não atinge a leira do paraíso
Mantém-se com mudez minha lamúria
No locus amoenus sonho encontrá-la
Pela timidez permaneço na natureza
No seu lado escuro e tempestuoso
Vejo a Ninfa perfeita de sublime beleza
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