A czarina adaptou-se ao nosso país
Sem casaco esbanja o palor da tez
Das frias tundras siberianas
Que aparece com tanta timidez
Como uma menina tão reservada
Vive rodeada pela amizade
De meninas tão companheiras?
Embevecem-me por tanta lealdade
A vestimenta pode estar à brasileira
Mas mantém-se russa a sequidão
Charmosa frieza e seriedade
Conquistou meu frágil coração
Por que se “esconder” na pilastra?
Mostre sua pujança, ó bela czarina!
O chão acolhe sua excelsa humildade
Com a inocência e pureza de menina
Se entretêm com o companheirismo
Com outras flores gosta de conversar
Mas a rosa é que se destaca mais
Ninfa tão maviosa de se admirar
Quando meu observar por ela recrudesce
O que adianta? Se despediu da intuição
Perdeu qualquer esperança de concretizar
Essa nosso idílio amoroso na idealização
Mesmo sem seu olhar que me deixava fremente
Voltei a varanda, palco do intenso fitar
Nostalgia da cândida belle époque
Com nosso tácito amor a se revelar
Sei que mantém as costas sem comiserar
Mas apenas meu estro queria colher
Estou perdoado! Não a constrangi
Com meu intenso olhar sem fenecer
Se a doce camélia a deixa por segundos
Aparece outra flor, leal companheira
De minha rosa regada à perfeição
No céu a eterna íncola da límpida leira
Quantos mistérios rodeiam essa menina!
Tão reservada atrai a rara amizade
De tantas flores da nossa natureza
Vejo nossa evolução nessas relações de bondade
Às vezes, sua inocência excele-se à sequidão
Distribui cândidos sorrisos com sua pureza
A mãe-natureza orgulha-se de sua filha
Orgulha-nos pela alma carregada de nobreza
Se se rendem a tecnologia por ela não se alienam
Lamento ainda não entreter a perfeita czarina
Espere, que mudarei nosso mundo para melhor
Nossos filhos agradecerão, meu serafim de menina!
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